quarta-feira, 14 de maio de 2014

Poema da Semana


“soneto do amor e da morte

quando eu morrer murmura esta canção
que escrevo para ti. quando eu morrer
fica junto de mim, não queiras ver
as aves pardas do anoitecer
a revoar na minha solidão.

quando eu morrer segura a minha mão,
põe os olhos nos meus se puder ser,
se inda neles a luz esmorecer,
e diz do nosso amor como se não

tivesse de acabar, sempre a doer,
sempre a doer de tanta perfeição
que ao deixar de bater-me o coração
fique por nós o teu inda a bater,
quando eu morrer segura a minha mão.

Vasco Graça Moura, in "Antologia dos Sessenta Anos"”

“A cada chamado da vida o coração
deve estar pronto para a despedida e para
novo começo, com ânimo e sem lamúrias,
aberto sempre para novos compromissos.
Dentro de cada começar mora um encanto
que nos dá forças e nos ajuda a viver.”

Herman Hesse

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Poema da Semana

Poema da Semana:

“Ausência

Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.”



(Carlos Drummond de Andrade)

Frase da Semana:

Um dia você aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer, mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem tem na vida. Aprende que não temos que mudar de amigos, se compreendermos que os amigos mudam.


quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Poema da semana


“De repente tudo vai ficando tão simples que assusta.

A gente vai perdendo as necessidades, vai reduzindo a bagagem.

As opiniões dos outros, são realmente dos outros, e mesmo que

sejam sobre nós; não tem importância.

Vamos abrindo mão das certezas, pois já não temos certeza de nada.

E, isso não faz a menor falta.

Paramos de julgar, pois já não existe certo ou errado e sim a vida que

cada um escolheu experimentar. Por fim entendemos que tudo que

importa é ter paz e sossego, é viver sem medo,

é fazer o que alegra o coração naquele momento. E só!

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Poemas que voltam a fazer sentido...

" Inexplicavelmente "

A minha alma chora, muda,

tudo me atormenta,

tudo me afasta para bem longe de ti,

um frio inexplicável,

que nem sei de onde nasceu,

corro para um abismo

que mais parece um sismo, violento, meu,

onde tudo abala, tudo perde o encanto,

e a vida pára por um instante, num canto,

como se o tempo tivesse secado, o meu rio,

num verdadeiro deserto, este o meu...


Debruço-me no tempo,

como campos vazios à espera que o vento

leve este atrofio, que está por um fio, louco,

deste coração que arde de dor, de sufoco,

num verdadeiro motim, que sofre em silêncio,

nesta ilusão sem fim, amordaçada por um lenço,

num sonho que morre assim, à beira mar sentado,

perdido, por simplesmente amar, sem ser amado...


A vida parece uma lança,

num punhal que é mudo e ataca sem aviso, numa dança,

quando os ventos mudam repentinamente

a ferida é grande, tão grande, certamente,

que forma um rio de sangue, talvez virtual,

que nos mata sem morrermos,

que nos afoga sem sofrermos...

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" A voz do meu silêncio "

O silêncio das aves a voar

é como se o tempo parasse,

ai se o vento falasse

nunca mais parava de discursar,

ai o silêncio que nos consome

que não se liberta num grito de dor

nem transborda a raiva,

pois está preso nos confins da alma

em que é o silêncio que fala,

é um estado de espírito da alma

talvez uma paz interior,

que jamais se irá desenhar no exterior...


Ai o silêncio

das noites em branco

imaculadas de encanto

à janela a observar o mundo,

e ao admirar as estrelas do céu

qual não é o meu espanto

quando oiço a voz do silêncio

a voz da minha alma

a voz do meu silêncio...


Ali estava eu sem palavras,

especado a olhar para o céu estrelado

mudo como as flores,

seco como o deserto,

em silêncio para o mundo exterior

ouvindo a voz do meu silêncio

que penetrava na minha mente

como palavras imaculadas e sem som

que me levavam para bem longe, para muito longe,

para um lugar onde as palavras são mudas

onde se sente o Ser, sonhando,

era o silêncio que falava, não falando

era a voz do meu silêncio que ia suspirando...

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“ Lágrimas “

Sentir o brilho nos olhos

é como um abrigo

que nos regala por momentos

que nos enche de alegria

sobe-se, sobe-se tão alto

como uma ave de rapina

selvagem e sem destino...


Sente-se que o interior mexe e remexe,

bem dentro de nós, bem lá no fundo,

tudo parece voar, é um trapézio sem rede,

deixando-nos atordoados, cedemos à emoção,

que é mais forte que nós,

e ela sabe que vence,

quase sempre que lhe damos atenção...


Quando escorre uma lágrima

tenta-se libertar um sorriso, procurar-se a paz,

num amigo, sente-se o tempo parar, por momentos,

sentindo na amizade, um abrigo,

como se dela precisássemos para viver,

de repente tudo faz sentido...

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“ Navegar é preciso “

Quando se pára

queremos arranjar forças

... para lutar e alcançar os sonhos,

tentando procurar as respostas,

às questões do passado, esse que está arquivado

e que transporta aquela dor, ainda não curada,

mas as soluções estão no presente,

sentado à nossa frente …


Navegar é preciso

pois parar pode ser morrer

e olhar para trás

com olhos de dor, é sofrer,

há que saber viver

rejuvenescendo a alma e o espírito

consoante as batalhas da vida

libertando dentro do ser, a alegria,

sentir que navegar é preciso...


Também se deve ancorar

parar no tempo e pensar

porque nem sempre conseguimos

subir a colina da vitória

e nem sempre as forças são justas

para lutar pela memória…


Parar, não martirizar, nem sofrer,

pois isso será matar um pouco de nós,

recuperar o espírito forte

lutar e continuar a caminhar

sempre com os olhos postos

no horizonte na colina da vitória

que queremos todos alcançar

para fazer a nossa própria história...

Há poemas e momentos que de repente voltam a fazer sentido outra vez e repeten-se novamente, infelizmente!!!! Será que não aprendemo as lições da vida?

" Dor silenciosa"

Choro por ti

uma lágrima de saudade,

pois havia tanto para dizer

tanto para sentir,

o medo bloqueou

e o silêncio cegava as palavras

que queriam divagar

pelas ideias confusas

da cólera do amor…

Da minha boca

jamais sairá mágoa

Dos meus olhos

jamais sairá rancor,

pois só o silêncio

ouve esta dor!

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" A saudade "

Pela noite

viajo no tempo,

de um sonho profundo

acordo com saudade…


O tempo não pára

num momento de solidão,

em que viajo a recordar

com nostalgia no Ser

com o sabor de abandono

numa noite sem sono…


Ao caminhar estou só

num deserto de fantasias,

sonhando para viver

regresso ao passado

para lamentar…


Ao recordar, viajo num sonho,

numa miragem, sinto-me feliz,

nesta ilusão de solidão

nunca estou longe de ti…


Ah saudade! que és uma angústia de ver partir

e o medo de ao acordar já nada sentir.

Ah saudade! que és como um vulcão

que é eterno e explode com razão,

adormeces no tempo, um sentimento do passado,

e quando a solidão desespera

as recordações que mais parecem explosões,

aquela saudade impera...

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" Um dia tudo mudou "

Um dia tudo mudou

um dia o sonho desiludiu

quando a sua sombra fugiu,

num sentimento de abandono

numa viajem sem retorno,

um dia tudo mudou…


O tempo mudou,

a vida se transformou

a confiança perdeu-se

naquela que já foi uma criança

que recorda o passado

com uma lágrima triste e sentida

que escorre pelo seu rosto delicado!


Ai que saudade dos tempos da verdade,

dos tempos de infância

dos pensamentos que voavam a sonhar

que eram um rio transparente que corria sem parar…


O ritmo da vida é alucinante,

a vida uma brisa que corre depressa,

as flores já não são flores

são cactos que picam

num deserto onde já não existe passado,

as palavras desapareceram,

os ideais transformaram-se em areia

nada importa, tudo mudou, tudo é nada,

numa desorientação uma dor que murcha uma flor

um pensamento perdido na cólera da vida,

à espera que tudo mude,

numa mentira que é heresia, da alma estar vazia,

o espírito luta num sonho que voou demais…

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" Sonhar é viver "


Um dia o sonho acabou

e a magia de uma criança

numa nuvem voou,

de imediato senti a saudade

num sonho que era a verdade…


Perdi a esperança

e a alegria de viver,

numa vida de adulto

assim tenho que crescer…


Sonhar é viver,

será que outro sonho

me trás a verdade de uma criança

para sentir a liberdade

de viver (a sonhar) sem parar

neste mundo tão incerto…


Pois sonhar até morrer

sonhar para viver

sem guerra nem fome

sem injustiças nem desigualdades,

quero ser um eterno lutador

aquele eterno sonhador

que conquista o sonho

para libertar a fantasia

e achar a alegria…


Sonhar para que não haja droga

talvez não passe de um sonho

mas sonhar é viver

e querer o bem

ás vezes não é poder,

vou sonhar até morrer

porque sonhar é viver…

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" Andorinha Azul "

Por esses mares

anda uma andorinha,

que um dia partiu

à procura de encontrar…


A andorinha voou

para encontrar o seu destino

num sincero silêncio

ela partiu…e resistiu

ao seu rumo destinado…


Andorinha azul

que iluminas todo o mar,

és uma luz a resistir

que arde sem se apagar,

és um anjo que assiste ao longe

que não sabe como voltar…


Vai-se o tempo

fica a saudade

com o sabor de abandono

numa noite sem sono

fica um rosto de saudade…


Andorinha azul

que continuas a voar

se por cá passares

vem matar saudades

do teu grande amigo

que te espera acordado

….a tua saudade…

….a tua amizade…

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" Um breve resumo de um amigo "


Um dia o sol,

despertou uma amizade

e um amigo para sempre ficou…

Estar longe de ti

é esperança de te voltar a ver

Estar perto de ti

é a alegria de estar contigo,

o gosto de poder contar com um amigo,

as alegrias que passámos juntos

as loucas aventuras de uma amizade

que amadureceu com o tempo e a idade,

que se tornou lúcida e cada vez mais forte,

com intensidades diferentes no tempo!


São outros os tempos,

mas ficaram as recordações do passado

fica o presente

fica um futuro pela frente,

um rumo diferente, talvez,

mas um remar para o mesmo lado!


Podes contar com um amigo para sempre,

para além da morte, se houver vida,

pois a amizade dura e dura e perdura...

para sempre nos nossos corações,

não é a distância nem a morte

que a faz desaparecer

é o ser falso que a destrói,

na verdade que nos abandona,

temos que acreditar na amizade

pois ela é profunda como a saudade

intensa de alegrias e de desgostos

mas que nunca acaba quando é verdadeira!


Amigos conto-os pelos dedos

são como pérolas na minha mão

que tento preservá-los,

são uma riqueza interior

são a nossa vida, o nosso oxigénio,

um amigo é uma árvore

que com a idade faz saudade,

uma nostalgia do tempo!


Os amigos são:

nas horas boas e nas más

aquele ombro sempre acolhedor

que tenta compreender e criticar

que é verdadeiro e leal,

os amigos não se esquecem

lembram-se ou encontram-se…

pois a amizade verdadeira não se esquece,

amigos uma vez, amigos para sempre

será sempre um breve resumo de um amigo…

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" Sentença "


O raio que atravessa

aquele coração despedaçado,

é como uma espada

a matar a alegação,

na dor que está sentada

a tremer de desilusão…


É uma sentença, um sofrimento

que está na dor

de um olhar magoado,

que quando ao caminhar

pelas ruas do silêncio

desespera ao ver aquela miragem

que o faz sentir rancor

sem mágoa mas com dor,

numa angústia de ver sumir

aquilo que o fazia sorrir...

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" Ilusões…"


Sinto-me cansado,

de correr e correr, sem parar,

e não sair do mesmo lugar,

neste destino longínquo

à espera de tudo encontrar,

numa mistura de esperança,

ilusão e sonhos perdidos…


Ficar ou partir,

neste caminho incerto

sem saber para onde ir,

na realidade que é um vulcão,

e as decisões da vida, uma incerteza,

que são como bolas de sabão

que rebentam na nossa mão!


Na ilusão de tudo esperar,

nada fazer para alcançar, porque não,

nesta conformidade, o desespero desta sociedade,

o medo de estar num túnel escuro

onde a luz da realidade

refugia-se no sonho, na ilusão,

de tudo querer e nada ter,

ilusões da vida, apenas ilusões…

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“ Incerteza “


Aquela incerteza,

que percorre o pensamento,

deixa o espírito cansado

numa descrença para a vida,

um sentimento frustrado!


Voar e voar,

parar e olhar ao seu redor

sentir a liberdade

de procurar e encontrar

aquele rumo, o destino,

daquele silêncio do caminho

que se está sempre a evaporar

como se fosse água do mar…


Procurar um amigo

para ouvir sua opinião,

ter um amigo para sair da ilusão,

voamos se for preciso para encontrar a razão

num horizonte de incerteza,

como um pássaro a voar

pelos caminhos infinitos que percorre

sem se saber o que o faz voar!


Numa angústia de tudo querer e nada ter

sente-se o medo de nada fazer,

entra-se num túnel sem saída, talvez um abismo

numa incerteza de não saber o que fazer,

naquele caminho que é um mistério da vida

que temos que percorrer....

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" Queda lenta "


Numa queda lenta

caí de uma escadas,

um abanão da vida

na ilusão senti uma dor,

talvez um rancor

através da sensação de estar a ver

a chama da desilusão espetada no coração…


Numa rua sem fim

a lua tremia e o sol gania

no silêncio que matava

era o medo que desesperava

numa esperança sombria

algo em mim desaparecia…


Numa praia

a queda lenta se prolongava,

sentindo a dor

num olhar perdido no infinito

através das ondas do mar,

num horizonte longínquo,

que em tempos me fizeram sonhar,

voo com vontade de nunca mais acordar…


Na areia que trás a lembrança

de como a vida é uma dança,

num sinal do tempo,

em que o tempo é areia

corre uma esperança de esquecer

que a vida também cansa…



terça-feira, 18 de junho de 2013

terça-feira, 14 de maio de 2013

Onde comprar o Livro A terra dos sonhos

Onde comprar em Portugal?

Para adquirir qualquer livro da Chiado Editora em Portugal faça a sua encomenda online, com toda a segurança, através do nosso website, ou, em alternativa, pelo telefone 218 464 556 - De Segunda a Domingo entre as 15 e as 22 horas.

Se preferir, poderá ainda fazer a sua compra em qualquer loja das seguintes cadeias:

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Poderá ainda encomendar qualquer obra editada pela Chiado Editora na livraria online wook:

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Onde comprar no Brasil?

Para adquirir qualquer livro da Chiado Editora no Brasil faça a sua encomenda online, com toda a segurança, através do nosso website, ou, em alternativa, pelo telefone 00 351 218 464 556 - De Segunda a Domingo entre as 11 e as 18 horas, hora de São Paulo.

Se preferir, poderá ainda fazer a sua compra em qualquer loja da:

Livraria Saraiva
Livraria Cultura
Fnac.com.br

Poderá ainda encomendar qualquer obra editada pela Chiado Editora na livraria online Só Livros:

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Qualquer dificuldade em adquirir podem contatar-me a mim para o e-mail: vascopicarra@gmail..

sábado, 16 de março de 2013

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Citação do dia e da semana:

Só as pessoas que têm firmeza são capazes de verdadeira doçura; as que parecem doces não têm geralmente senão fraqueza, que se converte facilmente em azedume.

(François La Rochefoucauld)


quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Eu amo tudo o que foi... (Fernando Pessoa)


Eu amo tudo o que foi

Tudo o que já não é

A dor que já não me dói

A antiga e errônea fé

O ontem que a dor deixou

O que deixou alegria

Só porque foi, e voou

E hoje é já outro dia.


Fernando Pessoa

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

O Amor... ( de Fernando Pessoa)

O Amor

O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.

Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de *dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer

Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pr'a saber que a estão a amar!

Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar..

Fernando Pessoa

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Para ti mãe! Beijinhos eternos

“partir, também é recomeçar e o contrário também o é, seja em que lugar for ou aonde formos dar.”

Autor: vasco Piçarra

Beijinhos estarás sempre no meu coração...


quarta-feira, 21 de março de 2012

Lançamento, no Porto, da Antologia de Poesia Contemporânea "Entre o Sono e o

Meus caros(as) amigos(as),

Convido-vos a irem ao lançamento do livro, no Porto, da Antologia de Poesia Contemporânea "Entre o Sono e o Sonho", que realizar-se-á no Sábado, dia 24 de Março de 2012, pelas 15 horas, no Maus Hábitos.

Para os mais distraídos, eu participo nesta colectânea pela terceira vez! :-)

Um forte abraço para todos e viva a poesia pois celebra-se hoje o dia mundialmente a poesia!
Beijinhos e abraços,

Vasco

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

“Um mundo numa bola de sabão”

Neste mundo que mais parece um relógio que não pára,

em que o tempo se apressa a correr por parte incerta sem parar,

que mais parece uma bola de sabão que está prestes a rebentar,

voando sem destino, por aí, apenas para aguentar…o que não pára, o tempo,

À procura do seu baú, das saudades, recordações, memórias ou histórias,

que são como uma película de um filme já velho e cansado,

que se transforma em grãos pretos, numa imagem cansada e quase adormecida,

que com o tempo ficou ténue e de cor esbatida, um pouco azoada.

Partir, também é recomeçar e o contrário também o é,

seja em que lugar for ou aonde formos dar,

talvez seja como uma bola de sabão, que é frágil e que temos que cuidar,

que voa, mas que está sempre pronta a rebentar,

em qualquer lugar, na minha mão na tua ou no chão ou dentro de nós,

neste mundo que mais parece uma bola de sabão,

partir também é deixar, um perfume de saudade no ar,

àqueles que nos vêem partir e que sentem a nostalgia

àqueles que nos vêem chegar e que sentem a alegria

que sentem uma nova harmonia, só por nos terem por perto,

que por vezes num novo ciclo, onde nem tudo o que parece, é!

onde percebemos, que aprender é amar, e amar é aprender,

que não é quando encontramos a pessoa perfeita ou a perfeita pessoa para nós,

é quando aprendemos a ver perfeitamente essa pessoa com os seus defeitos,

pois também é imperfeita como tu e eu…e todos nós somos...

para aprender é preciso amar, e cuidar dessa pessoa como uma bola se sabão,

que para nunca rebentar, basta ver o lado imperfeito como o perfeito,

no teu mundo que se abre com uma mão,

que nos abraça e que nos mostra o caminho,

de quanto temos que cuidar do nosso amor, do amor pelo próximo,

do outro lado mais sensível, como um ser mais frágil, mesmo não o sendo,

e aprender que o lado imperfeito pode ser visto, como o lado mais belo da vida e amar,

tal como quando se ama o lado mais perfeito quando se ama alguém,

em que está numa bola de sabão, tal como estar numa tômbola,

que pode rebentar a qualquer momento, como uma cólera,

é este o mundo numa bola de sabão, sempre aos trambolhões,

em que se tem que escolher: rebentar ou amar!

Francisco Júnior - 7 de Janeiro de 2012

domingo, 27 de novembro de 2011

Sem título...














Tudo passa…

Mas há certos momentos na vida em que nos sentimos vazios…

Sós, tristes e abandonados por todos…

Tudo passa…

A chuva cai mas não arrasta consigo todas as angústias

Todos os momentos que queremos esquecer

Tudo passa…

E quando menos esperamos, alguém aparece

Um alguém especial… que encanta o vazio 

Um alguém que nos estende e a mão nos estende

e nos ajuda a subir a estima… que estava la bem em baixo,

Tudo passa…

E a partir daqui tudo se torna tudo mais fácil, mas tudo passa...um dia!

mas aproveitando o momento mais claro e mais sorridente

A vida parece já ter sentido, um estrada com sorriso,

E esse alguém torna-se insubstituível na nossa vida…

Tudo passa...

Sentimo-nos protegidos, mas de repente estamos sem chão,

com alguém longe… sentimo-nos e ficamos fracos e tristes, desprotegidos,

longe, mas tão perto, ao mesmo tempo tão longe do coração…

como uma alma que não me dá a mão,

Alguém tudo quebrou e silenciou os deuses do meu vulcão,

Sentimo-nos capazes de ultrapassar todos os obstáculos da vida,

e de repente ficamos paralisados, como uma árvore, que é sábia mas não fala,

Todos os medos voltam como uma maré…

E deizemos a nós próprios... tudo passa... tudo passa...

Todas as recordações… todos os amores e desamores... tudo passa

apenas fica o sofrimento do momento

E sabes porquê?

Porque tudo passa um dia…

Os amores vão e vem, e nasce sempre mais alguém que nos preenche e nos ama!

e mesmo que isso não aconteça... tudo passa...

as garças vão e voltam, as andorinhas também

e nós cá estamos para as esperar se a morte não nos levar!

Francisco Júnior - 26 de Setembro de 2011