Neste mundo que mais parece um relógio que não pára,
em que o tempo se apreça a correr para parte incerta sem parar,
que mais parece uma bola de sabão que está prestes a rebentar,
voando sem destino, por aí apenas para aguentar…
À procura do seu baú das saudades e recordações
que são como uma película de um filme já velho e cansado,
que se transforma em grãos pretos na imagem cansada,
que com o tempo ficou ténue e de cor esbatida.
Partir também é recomeçar, seja em que lugar for,
talvez seja como uma bola de sabão,
que voa mas que está sempre pronta a rebentar,
em qualquer lugar, até na minha mão ou no chão,
Partir também é deixar um perfume de saudade
À aqueles que nos vêem partir e que sentem nostalgia
À aqules que nos vêem chegar e que sentem alegria
Que sentem uma nova harmonia por nos terem por perto,
Por vezes num novo ciclo, onde nem tudo o que parece, o é!
onde percebemos, que aprender é amar e amar é aprender,
não é quando encontramos a pessoa perfeita ou a perfeita pessoa,
mas quando aprendemos a ver perfeitamente
essa pessoa que também é imperfeita como tu e eu…e todos nós..
para aprender voltar a amar
basta ver o lado imperfeito como o perfeito,
como uma bola sabão, no teu mundo que se abre com uma mão,
que pode nos mostrar, o quanto temos que cuidar do outro,
do outro lado sensivel, como um ser mais frágil mesmo não o sendo
e aprender que o lado imperfeito pode ser visto
como o lado mais perfeito quando se ama alguém numa bola de sabão
que pode rebentar a qualquer momento na nossa mão…
Francisco Júnior – 4 de Julho de 2011
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