Perguntas-me se eu quero lanchar contigo
que resposta teria eu para te dar
pois se eu gosto tanto de estar contigo
e o tempo contigo não passa voa
os rios não correm galopam em direcção ao mar
que nos mergulha na multidão
e eu grito dá-me a tua mão
não fiques na solidão, pois não sei nadar,
e eu que vou morrer sufocado nesta multidão
que me enche a cabeça de dores e pesadelos
que me assombram o meu dia, uma alegoria,
e a razão que falha em me iluminar
só peço um pouco de paz,
a lua e a noite sem que este sol me fira
ou te ferir a ti, esses teus olhos lindos de mar,
e esse teu coração selvagem
que nem o fogo o domina nem o mar!
Apenas quero o teu bem
que te sintas como uma árvore em paz
com vontade de estar com alguém ou comigo
esta arara do campo já velha e cansada
como um sobreiro no meio da cidade mal amado
pela poluição e ruído à sua volta
e o mais importante é a tua vontade
o resto são pormenores da paisagem
e música para os ouvidos da multidão
se quero lanchar contigo… sim lá te espero para o lanche!
Francisco Júnior – 13 de Setembro de 2011
3 comentários:
Muito Bom, Gostei muito
Sofia
:)
isc
Bonito poema,Saludos.
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