segunda-feira, 29 de setembro de 2008

“ Do meu quarto... “

Enquanto sonhava 
dava a volta ao mundo
viajava no tempo, 
sentia a transparência 
de ser uma criança 
para alcançar a esperança
de um dia colher uma flor 
sem que ela morra de vez…
Ah! como era tão bom,
que já me tinha esquecido, 
que tinha que voltar de lá, 
do mundo da ilusão, do sonho, 
encontrava-me perdido no paraíso 
da fantasia que eu próprio construía,
as estrelas que pareciam buzinar-me ao ouvido,
falando comigo, sussurrando, bem baixinho, 
não pares de sonhar, sonhar é viver!!!
Ah, quando há tempestade 
procuro um abrigo, 
entro no meu quarto, no meu jazigo 
para poder viajar, longe de todos,
no meu mundo imaginário, meu amigo,
e é no meu quarto 
que encontro um sorriso, 
que anda perdido pelo infinito sem abrigo
através dos confins do meu paraíso, meu inferno, 
e lá no fundo de uma gargalhada fingida 
que está cheia de emoção, cheia de medos,
as lágrimas libertam o mistério 
dos segredos mudos que só eu sei, 
desvendados no meu refúgio mais intímo, 
… a minha solidão…
que é a paz do meu espírito
no meu mais profundo alçapão…

' Francisco Júnior '

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