De noite escrevo
um deslumbramento
versos quiméricos
que de manhã desvanecem-se
secando as lágrimas
derramadas durante a noite
que exaustivamente escrevo sem parar
não esquecendo
o júbilo que libertam,
aquela alegria
de escrever em poesia...
Amanhã,
já não sei o que sentirei
presumo que nada,
talvez permaneça uma aura
do que escrevi do que passei
mas já esqueci...
Mas ao olhar a lua
viajo na quimera do tempo
vivendo um sonho adormecido
numa fantasia embalada pela poesia,
através da cólera dos meus versos
as palavras correm desalmadas pelo papel
fazendo uma sinfonia
com as lágrimas
que escorrem de alegria...
Procuro na fantasia o sonho, uma poesia
num verso, um sol que se esconde
atrás de uma vida
atrás da realidade fria e fugidia,
procuro a razão do meu Ser
na minha alma que sente, que escreve a poesia
com veemência e prazer versos sem heresia...
' Francisco Júnior '
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