quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

“Um mundo numa bola de sabão”

Neste mundo que mais parece um relógio que não pára,

em que o tempo se apressa a correr por parte incerta sem parar,

que mais parece uma bola de sabão que está prestes a rebentar,

voando sem destino, por aí, apenas para aguentar…o que não pára, o tempo,

À procura do seu baú, das saudades, recordações, memórias ou histórias,

que são como uma película de um filme já velho e cansado,

que se transforma em grãos pretos, numa imagem cansada e quase adormecida,

que com o tempo ficou ténue e de cor esbatida, um pouco azoada.

Partir, também é recomeçar e o contrário também o é,

seja em que lugar for ou aonde formos dar,

talvez seja como uma bola de sabão, que é frágil e que temos que cuidar,

que voa, mas que está sempre pronta a rebentar,

em qualquer lugar, na minha mão na tua ou no chão ou dentro de nós,

neste mundo que mais parece uma bola de sabão,

partir também é deixar, um perfume de saudade no ar,

àqueles que nos vêem partir e que sentem a nostalgia

àqueles que nos vêem chegar e que sentem a alegria

que sentem uma nova harmonia, só por nos terem por perto,

que por vezes num novo ciclo, onde nem tudo o que parece, é!

onde percebemos, que aprender é amar, e amar é aprender,

que não é quando encontramos a pessoa perfeita ou a perfeita pessoa para nós,

é quando aprendemos a ver perfeitamente essa pessoa com os seus defeitos,

pois também é imperfeita como tu e eu…e todos nós somos...

para aprender é preciso amar, e cuidar dessa pessoa como uma bola se sabão,

que para nunca rebentar, basta ver o lado imperfeito como o perfeito,

no teu mundo que se abre com uma mão,

que nos abraça e que nos mostra o caminho,

de quanto temos que cuidar do nosso amor, do amor pelo próximo,

do outro lado mais sensível, como um ser mais frágil, mesmo não o sendo,

e aprender que o lado imperfeito pode ser visto, como o lado mais belo da vida e amar,

tal como quando se ama o lado mais perfeito quando se ama alguém,

em que está numa bola de sabão, tal como estar numa tômbola,

que pode rebentar a qualquer momento, como uma cólera,

é este o mundo numa bola de sabão, sempre aos trambolhões,

em que se tem que escolher: rebentar ou amar!

Francisco Júnior - 7 de Janeiro de 2012

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