quarta-feira, 14 de setembro de 2011

"O Lanche"

Perguntas-me se eu quero lanchar contigo

que resposta teria eu para te dar

pois se eu gosto tanto de estar contigo

e o tempo contigo não passa voa

os rios não correm galopam em direcção ao mar

que nos mergulha na multidão

e eu grito dá-me a tua mão

não fiques na solidão, pois não sei nadar,

e eu que vou morrer sufocado nesta multidão

que me enche a cabeça de dores e pesadelos

que me assombram o meu dia, uma alegoria,

e a razão que falha em me iluminar

só peço um pouco de paz,

a lua e a noite sem que este sol me fira

ou te ferir a ti, esses teus olhos lindos de mar,

e esse teu coração selvagem

que nem o fogo o domina nem o mar!

Apenas quero o teu bem

que te sintas como uma árvore em paz

com vontade de estar com alguém ou comigo

esta arara do campo já velha e cansada

como um sobreiro no meio da cidade mal amado

pela poluição e ruído à sua volta

e o mais importante é a tua vontade

o resto são pormenores da paisagem

e música para os ouvidos da multidão

se quero lanchar contigo… sim lá te espero para o lanche!


Francisco Júnior – 13 de Setembro de 2011

3 comentários:

Ana Morgado disse...

Muito Bom, Gostei muito

Sofia

Anónimo disse...

:)
isc

Mª Carmen disse...

Bonito poema,Saludos.